conj. || disjunt. vindo repetida em mais de uma oração e vale ou: Quer luzisse a manhã quer cerrasse a tarde. ( R. da Silva. ) Quer de pesar, quer de dor. (Herc.) Quer sejam saudades, quer sejam desejos. (Gonç. Dias.) || Usa-se esta flexão em muitas loc. conj. em que a significação verbal desapareceu. || Como quer que 1. (loc. conj.), tal como, de modo como: Como quer que fosse, Egas Moniz ignorava. (Garrett.) || Quando quer que 1. (loc. conj.), em todo ou qualquer tempo que. || Onde quer que 1. (loc. conj.), em qualquer parte que, em qualquer lugar onde, seja onde for que; por qualquer aspecto que: Por onde quer que transitava, Ia anunciando as palavras divinas. (Camilo.) Onde quer que apareça a censura. (Here.) Por onde quer que a mires (a vida), é curiosa. (Castilho.) || O que quer que 1. (loc. conj.), alguma coisa que (falando de modo duvidoso ou indeterminado): E no meto do terreiro surgia o que quer que era negro e que não se assemelhava a nenhuma obra da natureza. (Herc.) O que quer que é que o perturba, não é natural. (Gonç. Dias.) O cego dissera o que quer que fora em voz baixa. (Herc.) Menos Álvaro de Abreu que se retirou à entrada pretextando o que quer que fosse. (Camilo.) [Dizer "o quer que é» é um erro grosseiro.) || Quem quer 1. alguém, qualquer pessoa (falando Indeterminadamente) Quem quer, porém, que vós sejais refleti na vossa vida. (Montalverne.) O artífice de joias convenho em que se esmere em ferramenta; achas, quem quer as faz com uma podoa. (Castilho.) || Quem quer que é 1. seja quem for, não importa quem: Pois saiba o senhor mestre de campo quem quer que é, que fica sendo em consequência tão grande ladrão como os seus capitães. (Arte de Furtar.) || Quer sim 1. quer não, pouco me importa, é-me indiferente.
F. Querer.
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